Inovação e sustentabilidade são dois conceitos que, na realidade atual que vivemos, precisam estar no centro das estratégias de qualquer indústria, independentemente de seu setor ou porte. Inovar significa desbravar oportunidades de mercado, com criatividade e agregação de valor. Ser sustentável, por sua vez, está diretamente relacionado à longevidade dos negócios, ou seja, no que pode ser feito para mantê-los ativos e competitivos diante das mudanças de cenário, sem deixar de lado a preocupação com a redução do impacto social e ambiental de suas operações.
Os materiais plásticos vêm sendo utilizados há anos, substituindo diversos outros tipos de matérias-primas, como o aço, o vidro e a madeira, por exemplo, devido ao seu baixo peso e baixo custo, às suas elevadas resistências mecânicas e químicas, à sua facilidade de aditivação e, ainda, pelo fato de serem 100% recicláveis. Dessa forma, a inovação deve ser constante nesse setor, no sentido de buscar novas fontes naturais ou sintéticas para a obtenção de materiais plásticos, dando preferência, inclusive, para as fontes renováveis, como é o caso dos polímeros desenvolvidos a partir da cana-de-açúcar, do milho, entre outros.
Não à toa, o grande diferencial é a inovação com foco na sustentabilidade, que busca gerar soluções viáveis aos resíduos plásticos pós-consumo, ou uma solução inovadora, capaz de evitar a geração de embalagens ou produtos que apresentem dificuldades de reprocessamento.
Inovação e sustentabilidade na indústria do plástico
Para que a indústria do plástico inove com sustentabilidade é preciso, primeiramente, reconhecer o resíduo plástico como uma oportunidade, e não simplesmente como lixo, principalmente os gerados durante os processamentos industriais e os provenientes de descartes internos.
“Muitas vezes, essas matérias-primas são gratuitas e abundantes”, reforça Valdir Ribeiro da Silva, Coordenador do Curso Técnico em Plástico do Sistema Fiep.
O segundo passo para que inovação e sustentabilidade andem juntas é agregar valor, como por exemplo, fazendo a reciclagem mecânica, para conferir ou melhorar propriedades e dar uma aplicação comercial, principalmente para os materiais nos quais é necessária a extração, que colabora para a degradação.
Há um terceiro passo que, muitas vezes, pode ser o começo e não o fim desse processo, conforme explica Silva.
“É muito importante o incentivo por parte do governo no subsídio a investimentos em pesquisa, em logística reversa, em equipamentos e em instalações”, salienta.
O especialista comenta, ainda, a importância do entendimento de algumas organizações em relação ao consumo do plástico e enfatiza a mudança que deve ocorrer para que se possa inovar com sustentabilidade.
“Há instituições que entendem o consumo do plástico como um problema, entretanto, nós, na FIEP, entendemos que o pós-consumo pode ser um problema com o descarte inadequado. Dessa forma, é preciso inovar desenvolvendo produtos plásticos que possam ser facilmente retornados na etapa final de seu ciclo de vida e reprocessados.”
E com o objetivo de desmistificar o conceito acima e outros relativos à inovação e à sustentabilidade na indústria, trazendo essa filosofia para dentro da empresa, a FIEP criou as bússolas da inovação e sustentabilidade, que mostram diferenças de cenário entre as empresas de micro, pequeno e grande porte.
Mediante o trabalho, o empresário consegue visualizar as áreas de negócio da sua indústria e perceber a influência desses dois atributos em sua competitividade. Dessa forma, os conceitos se tornam mais tangíveis, permitindo que sejam repensadas estratégias com base em diagnósticos.
Como a inovação e a sustentabilidade são tratadas em sua empresa? Você já desenvolve ações com esse foco? Deixe sua mensagem nos comentários abaixo e até a próxima.