Embora de maneira lenta, o setor de borracha e de material plástico já observa sinais de uma possível retomada do crescimento. Entre maio e junho, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial do segmento alcançou um importante crescimento de 2,4%. Já vislumbrando um novo cenário, de menos pessimismo para 2017, a Bridgestone no Brasil anunciou que deve investir entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões nos próximos cinco anos. Esse montante deve ser utilizado, entre outras iniciativas, para desenvolver novos produtos e ampliar a exportação.
Outra resposta contra a crise foi dada pelo governo estadual do Rio Grande do Norte, ao doar uma área de 2,4 hectares no Centro Industrial Avançado, localizado em Macaíba, para a construção da empresa Resinorte, a primeira fábrica de produção de resina da região Nordeste. A iniciativa possibilitará a geração de 110 empregos diretos com a fabricação de resinas termofixas, resinas termoplásticas, polietilenos e polipropilenos.
É cedo para traçarmos qualquer perspectiva para 2017, mas posso dizer que vislumbramos uma leve recuperação, diz o presidente da Abief
Outra indústria que vive panorama similar é a de embalagens flexíveis de plástico que embora a oscilação do preço do petróleo influencie diretamente a produção, se analisada internamente, produz um cenário favorável especialmente em relação a solidez das petroquímicas brasileiras. Herman Moura, empresário e presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), explica a fase. “O lado bom é que a petroquímica brasileira tem fôlego para competir por conta da nafta mais barata.” Mas acrescenta: “Ainda é muito cedo para traçarmos qualquer perspectiva para 2017, mas posso dizer que já vislumbramos uma leve recuperação em comparação a 2015/2016.”
A possibilidade, porém, exige cautela. Enquanto a retomada brasileira não estiver consolidada, o ideal é que o setor otimize sua produção. “O que eu continuo a aconselhar é que as empresas façam a sua lição de casa, ou seja, mantenham-se redondas, reduzindo ao máximo seus custos e aumentando sua produtividade”, resume Moura.