O grupo de empresas que formam a indústria transformadora de plástico tem 11.690 empresas, de acordo com pesquisas reunidas pelo BNDES, em 2012, sendo a maior parte de pequeno porte. Diante um mercado competitivo e vivendo um momento desafiador em que tem de manter a lucratividade em meio a uma crise, esse segmento precisa se destacar em diversas frentes. Gestores que têm dúvida de como dar o primeiro passo para sair à frente podem encontrar apoio em uma consultoria industrial para desenhar a melhor estratégia para o negócio.
“A empresa, independentemente do seu tamanho, precisa saber planejar, executar e controlar. Os negócios devem ser concebidos para crescer e perpetuar. Para tanto, é fundamental traçar um plano de melhorias”, sentencia Norberto Giuntini, professor e superintendente financeiro do Instituto Mauá de Tecnologia.
Avaliar e diagnosticar os procedimentos internos e externos, apontando falhas e melhorias são parte do escopo de uma consultoria para a indústria. Esse trabalho é dividido em quatro diretrizes: melhorias de processos, plano de negócios, planejamento estratégico e gestão financeira. Elas são construídas gradativamente, explica o especialista, para aculturar e treinar os funcionários para implantar, implementar e perpetuar o modelo de gestão.
Todo o mapeamento das áreas da empresa oferece não apenas insights no campo das ideias, mas também analisa a qualidade do maquinário, necessidade de automação e inserção de tecnologias para aumentar a produtividade. “A reorganização da linha de produção e o estabelecimento de procedimentos padrões trazem de imediato aumento de produtividade e diminuição de perdas”, analisa Ari Costa, professor de Engenharia de Materiais do Instituto Mauá de Tecnologia. A consultoria, portanto, serve como um agente de mudanças que facilita a tomada de decisões para oportunidades inovadoras.
O funcionamento disso pode ser exemplificado com o promissor horizonte da alta tecnologia aplicada ao dia a dia do setor. A indústria automobilística com a aplicação de compósitos e seu uso cada vez mais presente em fabricação de peças para válvulas de processo, tubulações especiais e plásticos para usinagem. “Com a introdução da nanotecnologia pode se antever a evolução para os polímeros e compostos inteligentes”, aponta.
Para permanecer à frente da concorrência, porém, o plano de melhorias deve ser feito periodicamente e não apenas em tempos de crise. Para Costa, isso deve estar enraizado na cultura da indústria transformadora e ser aplicado continuamente sem a necessidade de implementar prazos para a reformulação do negócio. “Nessa evolução existirão pontos de ruptura introduzidos por inovações que exigirão novas estratégias e, por decorrência, novos arranjos, mas a atitude de melhorar continuamente sempre deve persistir.”